"Eu te busco de todo o coração; não permitas que eu me desvie dos teus mandamentos." (Salmo 119:10)

domingo, 19 de abril de 2015

Mas eu me moooordo de ciúme

Uma das coisas mais fáceis de enxergar hoje em dia (acho que desde sempre, na verdade) é ver alguém se mordendo de ciúme. Sem querer me vangloriar. acho que cheguei a sentir isso pouquíssimas vezes e bem temporariamente. Não sei explicar ou dar uma fórmula para isso, mas eu, simplesmente, não sou ciumenta e nunca fui, talvez minha educação fez com que eu não "aprendesse" (nunca vi minha mãe com ciúme do meu pai, por exemplo) isso - se isso é aprendido - ou isso seja "intrínseco" a mim. Pensei na minha infância e não me lembro também de ter ciúmes do meu irmão ou das minhas irmãs, por exemplo. Nem de amigas. Mas só fui perceber essa minha característica quando entrei num relacionamento sério pela primeira vez. De início as pessoas me chamavam de sangue de barata porque eu aceitava muita coisa, como por exemplo, permitir que meu parceiro saísse sozinho, viajasse sozinho e etc. Até hoje eu fico me perguntando o porquê eu não deveria "deixar". "Ele pode me trair", "ele não pode se divertir sem mim", "tu vai ficar sem moral", "ele vai se acostumar"... enfim, já ouvi tudo isso, mas nada disso fez sentido pra mim algum dia.

Fazer "xixi" pra marcar território é tão animalesco quanto sentir ciúme e fazer cenas.

domingo, 12 de abril de 2015

Meu bebê é melhor que o seu

Eu não sou mãe, mas pretendo ser. Sou apaixonada por crianças desde cedo e estudante de psicologia, o que me despertou pra querer ler e assistir muita coisa. Na teoria tenho muito conteúdo, na prática, tenho apenas algumas experiências. Mas acho que a que tenho mais intensamente vivido ultimamente é sobre o narcisismo dos pais. Eu estou usando o termo "narcisismo" aqui bem aleatoriamente, sem necessariamente ser um conceito freudiano, por favor, não confundam.

♡ | via Facebook

"Ai, odeio essas coisas da massa!"

Não vou ser tão hipócrita a ponto de começar a escrever fingindo que o meu passado não tão longíquo assim não teve nada disso, então, é o seguinte: eu já falei essa frase. Eu já achei ridículo alguém gostar de forró, depois alguém gostar de pagode, em seguida, alguém gostar de funk e por aí vai... Mas, estou liberta!

Hoje, eu, sem amarras, sem medo, sem me importar muito, ouso dizer em alto e bom som: "meu bem, não curto nem conheço muito de jazz." Não tenho medo de parecer alguém que não está por dentro do que não é tendência, porque o que não é tendência é a nova tendência do momento. Gosto de pagode, e você? Gosto também de forró, o calipsado, o pé de serra, enfim... Assim também como gosto de música clássica, trilhas sonoras, blues, e um monte de coisas que meu namorado diz que são alternativas demais para ele e outras que meus amigos dizem que são estranhas demais. Gosto de quase tudo que me faz dançar, assim como gosto de qualquer coisa que me faça viajar. Tenho o bom senso de pelo menos avaliar umas letrinhas aí. Gosto de muita coisa popular, da mesma forma como gosto da voz rouca e meio fânia do Asaf Avidan. Adoro as músicas meio bregas do Peninha e da RoRô, sou apaixonada pelo Lenine e umas velharias aí que o povo não liga mais (viva Sérgio Sampaio!), além de umas novidades que acho que não vão chegar tão cedo aqui no Brasil. Sinceramente, hoje isso não significa muita coisa nem diz muito assim do que eu sou.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Vaga para amigas

Ilustração de Pascal Campion
Em todos os testes, para qualquer pessoa que você pergunte, umas das únicas coisas que reconheço em mim mesma com facilidade: a minha habilidade de comunicação. Sou uma pessoa sem dificuldades para me comunicar, não sou muito tímida e consigo me enturmar com uma certa facilidade. Mas o que eu aprendi com isso durante essa minha curta vida? Aprendi que se comunicar não é a mesma coisa que se relacionar, pelo menos não profundamente. é possível haver muita comunicação, troca de informações (pessoais ou não) sem um pingo de profundidade.

Não é a mesma coisa que a habilidade de fazer grandes amizades ou conseguir se aprofundar em relacionamentos. Eu me dou com todo tipo de gente de todos os tipos de gostos, tenho um círculo social que varia de "hippies" a "rockeiros", de crentes a descrentes, da classe C à classe mais ou menos A. Consigo manter um nível de conversa e convivência certamente agradável com cada um, mas com nenhum, ou quase nenhum, consigo manter uma relação onde de fato eu possa dizer que há profundidade.