"Eu te busco de todo o coração; não permitas que eu me desvie dos teus mandamentos." (Salmo 119:10)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Sobre largar tudo... e viver?

Eu sou o tipo de pessoa que precisa de segurança, justamente porque sou insegura. Eu preciso de um mínimo de "segurança" para viver sem muita neura, porque as neuras surgirão do mesmo jeito. Não sou aquela que não quer passar por nenhuma dificuldade, aliás, sim, não quero passar por nenhuma dificuldade, mas sei que vou passar. O que eu quero dizer enfim é que só sou o tipo de pessoa que tem necessidade de ter controle sobre o mínimo da minha vida. Se eu ganhar só X mensais. Ok. Eu fico feliz de poder me planejar (nem sempre bem) com isso. Se por acaso eu conseguir mais, ótimo, só que nunca conto com mais, aprendi assim, consigo viver assim. Não sou ousada, não sou corajosa, eu tenho uma linha de segurança.

Como qualquer outra pessoa do mundo, eu acho que o meu pensamento é que o certo e que essa é a forma correta para qualquer ser humano viver: ter um plano, ter uma margem prevista, não se surpreender. Esse é o meu pensamento pra tudo. O meu pensamento, porque as coisas não funcionam assim para todo mundo. Essa lógica não é a de todo mundo.

super boy

"Tenho um amigo viciado em drogas" | ID #38: como amigos e familiares podem lidar com uma pessoa usuária de drogas



De Frederico Mattos, postado original no blog Papo de Homem.


"Fred, tenho um amigo que é aparentemente tão normal quanto qualquer outra pessoa. Trabalha, é considerado um bom profissional, namora, sai com os amigos. 
E cheira cocaína. Bastante. 
Faz isso todo final de semana e algumas vezes durante a semana. Mas o problema é que ele parece acreditar que controla essa relação com a droga.
Acho que sou a única pessoa mais próxima que não usa drogas e sabe do que ele está vivendo de verdade, já que grande parte do atual círculo social dele também usa drogas e considera isso ok.
Como ajudo o meu amigo viciado que acha que não está viciado? E será que eu assumo essa responsabilidade ou deixo isso pra família ou pra ele mesmo se resolver?"
* * *
Engraçado você começar explicando que seu amigo é normal, trabalha, tem namorada, sai com os amigos e... cheira cocaína. Normalmente, a imagem que temos do viciado em qualquer coisa é uma figura meio pálida e decadente, mas a convivência com qualquer substância ocorre em qualquer lugar, de pessoas lindas, coradas e cheirosas até maltrapilhos sem rumo, ela não faz distinção de gênero, classe, raça ou religião.
Definir o vício não é nada simples e muitos que me procuram no consultório por conta de questões com o uso de substâncias me perguntam porque algumas pessoas enlouquecem ou se tornam dependentes em determinadas situações e outras que atravessaram o mesmo tipo de experiência seguem bem e vivem tranquilamente. A resposta não é tão matemática, mas existem personalidade mais vulneráveis, que diante de certos tipos de situações e efeitos psicoativos, deixam aflorar problemas que estavam enjaulados nos porões da personalidade.
Muitos defendem o uso indiscriminado, pois alegam que não são essencialmente perigosas, que já usaram (ou usam ocasionalmente) por uma fase na vida e não ficaram viciadas. Outras pessoas, no entanto, fizeram o mesmo uso ocasional ou regular e entraram numa maré de de uso abusivo da droga e não conseguiram parar.

Quem é vulnerável ao vício?

Não importa se é com jogo, droga, sexo ou comida, o vício ativa regiões muito parecidas do cérebro e cria um ciclo de dependência que varia muito de pessoa para pessoa, visto que são mentes e biologias diferentes.
A personalidade vulnerável tirada do contexto social e biológico não se explica isoladamente. Por esse motivo, é muito difícil prever qual será o efeito de uma droga na mente de uma pessoa. A quantidade de pessoas que ignora suas vulnerabilidades emocionais podem iniciar um caminho sem volta, então, é possível abrir espaço para refletir que perfil seria esse. E como saber a que tipo de substância ou situação você será vulnerável? Não há uma resposta simplista, mas algumas pistas que estão longe de retratar todas as possibilidades.



segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Sobre borboletas na barriga... e a falta delas.


Borboletas na barriga. Eu já tive. Muito rapidamente, não estou querendo dar uma de durona. Eu tive sim, quando eu tinha 15 anos e me apaixonei pela primeira vez. Agora não tenho borboletas na barriga, eu prefiro ter borboletas no cérebro.
Sirlaney.