"Eu te busco de todo o coração; não permitas que eu me desvie dos teus mandamentos." (Salmo 119:10)

sábado, 17 de novembro de 2012

Uma parte do Todo.

Como vocês sabem, faço parte da Aliança Bíblica Universitária do Brasil, há pouquíssimo tempo por sinal. Conheci a ABU na minha faculdade em abril. E até hoje não esqueço de como conheci o movimento. Eu não fui atrás da ABU, a ABU veio atrás de mim, se podemos assim dizer.

Eu estava no ônibus conversando com uma menina que tinha acabado de entrar no curso e uma moça linda chamada Marcela já ia descendo do mesmo, mas antes virou e falou com aquele sotaque carioca manhoso de ser: 
"Ei, 'cê já ouviu falar da ABU? A Aliança Bíblica Universitária? Acontece dia tal, tal hora, tal lugar aparece lá." 
Foi muito estranho. 

Foi uma abordagem diferente, ela não me deu nenhum panfletinho, não sentou comigo e conversou, ela só disse e se foi... Mas Deus não faz nada por acaso, minha vida não é um joguinho de quebra cabeça pra Ele.

Marcela Rocha, a flor.
Hoje eu sei que Deus usou a Marcela Rocha pra me demonstrar o Amor Dele por mim. E quantas vezes, quando estamos envolvidos com missão, não falamos sobre estratégias e mais estratégias de atingir pessoas e acabamos esquecendo que Deus usa as pessoas da maneira que Ele quer. Nunca me senti perdida nem afastada de Deus, isso eu posso afirmar com toda a certeza. Eu sei que sem Ele minha vida não tem nem teria sentido, porque eu posso ter entendido e vagado durante muito tempo procurando por Ele, mas eu sempre me senti perto Dele, não consigo explicar muito bem, mas é algo assim: sempre me preocupei com o que Ele ia achar do que eu estava fazendo. Um pensamento às vezes ingênuo, porque Deus sabe de tudo mesmo, mas que reflete a importância que Ele sempre teve pra mim.

Às vezes pedimos tanto para que Deus nos dê sinais, para ouvir a voz Dele, pra ver alguma coisa, enfim, muitas e muitas coisas, mas esquecemos das pessoas ao redor. Nossa, quanto tempo demorei pra perceber que a flor da Marcela Rocha foi simplesmente Deus agindo na minha vida!

A Marcela me abordou muito diretamente, sem ladainha nem nada, num momento onde eu estava buscando muito a comunhão e estava meio desorientada, querendo fazer alguma coisa, mas sem saber o quê. Inclusive nessa época que surgiu a ideia do Sementes, que não deu muito certo, mas me rendeu bons frutos (Juliana e Mari ♥). Através da ABU eu conheci pessoas que hoje me dão um suporte muito forte e muito importante, pessoas com quem eu sei que tenho liberdade para desabafar, para pedir orações e o melhor de tudo: que eu sei que não vão ficar me julgando.

O ano de 2012 foi e está sendo um ano muito difícil pra mim, mas um ano que agora, parando pra pensar nisso, Deus me respondeu em tudo (e ainda nem acabou!). Eu conheci o pessoal da ABU simultaneamente com a galera do CPPC - (Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos), que também dão um suporte muito importante na minha vida como estudante de psicologia e futura profissional cristã,daí surgiu uma ponte para eu ter conhecido a galera da Igreja Congregacional, uma congregação que sempre me recebe muito bem e me faz sentir bem. Foi um tempo que eu sei que meu relacionamento com Deus, que sempre existiu, se fortaleceu, e que o lance de comunhão ficou muito mais claro pra mim.

A ABU me ensinou coisas que eu sozinha não conseguiria aprender, porque envolvem prática, comunhão, conversa... Essa é bem a verdade também. Muitos paradigmas meus foram quebrados convivendo com os abeuenses, coisas que me prendiam demais, assim como muito do que eu achava que era coisa só da minha cabeça afinal não é coisa só da minha cabeça, se eu sou louca então na ABU tem muitos loucos, porque conheci pessoas que pensam bem como eu.

É um estágio também na minha vida que eu sei que vou ser grata pra sempre, pois nos instiga a ter responsabilidade, tomar atitudes, ter autonomia e tudo mais. E isso está me fazendo muito bem. Eu me sinto extremamente útil e realmente PARTE de um TODO. Quando eu digo que queria que tantas, tantas, tantas pessoas amadas e conhecidas estivessem na ABU comigo é porque eu queria que eles sentissem a mesma coisa que eu sinto. Eu sei que não vai ser assim sempre, eu sei que podem existir alguns que amem assim como eu e outros que não se identifiquem, claro, mas como eu queria, como eu quero!

Deus tem me tocado cada vez mais e curado algumas mágoas, feridas, decepções, bem aos pouquinhos mesmo. Como alguns devem saber, eu sou uma dessas raras pessoas engajadas, mas "desigrejada", e isso é uma coisa com a qual eu tento lidar com a maior cautela possível por n motivos, mas que confesso, é uma situação que não acho ruim na maioria das vezes (e isso pode mudar) e que pra mim tem funcionado bastante [não estou incentivando ninguém a viver assim, porque não é fácil nem legal ficar explicando ou ter que se esquivar daquela pergunta básica: "Qual a tua igreja?" até porque eu não comecei minha trajetória dessa maneira]. 

A ABU é meu suporte nesse sentido, não é a minha igreja, que fique claro, ela não tem pretensão de ser uma igreja no sentido de "instituição", mas ela é a Igreja na minha vida. Quando o Corpo, a Igreja se encontrar com seu Noivo, eu tenho certeza de pelo menos de uma coisa, que vai ser bem assim mesmo: não existirão denominações. Seremos todos UM de verdade. Só que eu posso dizer que eu vivo um pouco disso aqui, eu vivo um pouco disso na ABU, aliás, um pouco não, um MUITO, porque há pouco tempo isso era inexistente pra mim!

Família Browne: orem por eles :)
Tenho aprendido o quanto tudo isso é movido pelo Amor, que é sustentado unicamente por Ele mesmo e sua graça e misericórdia, e que esse Amor focado na missão, no Ide, une, apaixona, te ensina a ofertar e se dedicar com a certeza de que você pode não ser atingido diretamente, mas você está envolvido, e que a oração é muito, muito, muito importante e que, acima de tudo, o lance é entregar nas mãos de Deus, mas fazer tudo o que for possível. Eu me sinto parte da Missão porque ajudo, porque oro, e falo da Missão como um todo, falo da ABU, lembro da minha Família Browne lutando e vivendo pela Missão também, falo da Missão Guajajaras, falo da Zadok, falo de tudo isso que me apaixona demais. Amo muito todos, preciso viver a prática e o processo do Perdão também e sei que Deus sabe disso =)

Mas em síntese: tudo isso está me modificando e eu espero que quem esteja ao meu redor sinta essas mudanças. Estou aprendendo muito e eu espero que eu posso colocar isso em prática.



Meu coração não é digno de Ti, mas aqui vistes morar... ♪ (Eduardo Mano)

"[...]onde não há grego nem judeu, nem circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é TUDO em TODOS." (Colossenses 3: 11)

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Outros pontos de vista

Tenho passado por um momento de descoberta e mudança de atitude. Estou aprendendo a ouvir mais (uma coisa que tenho muita dificuldade e que certamente é um problema muito sério em todos os aspectos), a não julgar tanto e melhor: a começar a lembrar que existem vários pontos de vista.

Várias vezes já ouvi as pessoas falarem que eu era muito intolerante, intransigente e etc... Porque "ah, tu quer as coisas só se for do teu jeito". É verdade, mas ninguém quer ouvir isso na lata, não é mesmo? Eu já ouvi. Inúmeras vezes, em momentos de raiva, em momentos de conversas... Já ouvi isso saindo de uma maneira agressiva assim como já ouvi saindo de uma maneira bem sutil. O fato é que isso me machuca muito.