"Eu te busco de todo o coração; não permitas que eu me desvie dos teus mandamentos." (Salmo 119:10)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Amigavelmente.

"Mas - pela centésima vez vos repito isto - existe um único caso, sim, apenas um, em que o homem pode intencional e conscientemente desejar para si mesmo algo nocivo e estúpido, sem estar comprometido com a obrigação de desejar apenas o que é inteligente. Isto é de fato, estupidíssimo, é um capricho, mas realmente, senhores, talvez seja para a nossa gente, o mais vantajoso de tudo quanto existe sobre a terra, sobretudo em certos casos. E, em particular, talvez seja mais vantajoso que todas as vantagens, mesmo no caso de nos trazer um prejuízo evidente e de contradição às conclusões mais sensatas à nossa razão, a respeito de vantagens; pois, em todo caso, conservamo-nos o principal, o que nos é mais caro, isto é, a nossa personalidade e a nossa individualidade. Alguns afirmam que isto constitui de fato o que há de mais caro para o homem; a vontade pode, naturalmente, se quiser, concordar com a razão, sobretudo se não se abusar desse acordo e se ele for usado moderadamente; isto é útil, e às vezes, até louvável. Mas a vontade, com muita frequência e, na maioria dos casos, de modo absoluto e teimoso, diverge da razão, e... e... sabeis que até isto é útil e às vezes muito louvável?"

"Memórias do Subsolo" - Fiódor Dostoiévski

Já parou para pensar no que nos faz sermos o que somos mesmo? Seres humanos. Falhos.
Isso foi de certa forma até explicado por Sócrates, quando ele separou a linha dos pensamentos das leis da natureza das demais, especialmente sobre nós. Sabe por quê? Porque somos desordenados. Não temos uma ordem, não vivemos linearmente... E o que faz que sejamos assim?
Nós seres humanos, racionais (no sentido literal, porque algumas vezes...), somos possuidores de algo que pode ser chamado de dom, mas que para mim é um presente: a vontade, o desejo, o livre arbítrio. Mas, como já dito antes, somos falhos. Nem sempre sabemos usar isto ao nosso favor, mas é o que faz sermos o que somos, é o que caracteriza o fato de termos personalidade, caráter. Apesar de parecer uma atribuição bastante bonita e vantajosa, que até de fato é, procuro pensar por um outro lado também... É por causa deste "dom" que tomamos as decisões erradas, que escolhemos muitas vezes aquilo que sabemos que vai nos fazer mal, que é errado.
É... É o peso que se carrega por sermos o que somos, por termos o que temos. Consequências, meus queridos, consequências...

Mas há uma luz no fim do túnel. A sua consciência, o seu livre-arbítrio pode ser deliberado pela razão. Eles podem coexistir amigavelmente. O quê? Você não achou que as decisões tomadas apenas por intermédio de seu "dom" eram racionais, achou? A subjetividade, por mais linda que seja, é tão muito perigosa. Todos sabem disso.
A dica é essa: tome as decisões conscientemente, racionalmente. Pronto.

- Parece ser tão fácil, não é? No fundo, nem Dostoiévski acreditou nisso. Ele mesmo disse...

domingo, 2 de maio de 2010

Eu sou uma piada.

Hoje eu vou escrever sobre um caso que me aconteceu sexta-feira (30/04) na escola. Não vou poupar nomes, não vou poupar histórias nem meus pensamentos. E sintam-se a vontade para dizer que isso é normal na fase colegial, blábláblá.